Obrigada, Lero.

Obrigada, Lero.

Esta semana, que finalmente acabou, não deveria nunca ter existido. Veio apenas para trazer uma grande perda para o jornal. Foi uma semana triste, muito triste.
No dia 7 fui surpreendida com a notícia de que Wagner Belarmino, o Lero Lero, havia partido. Para o jornal foi uma perda enorme porque ele fazia parte do nosso dia a dia. Ele mesmo gostava de contar os aniversários que completava do tempo que escrevia aqui suas notas, publicava suas denúncias, fazia elogios ou cobranças, principalmente da administração municipal e da Câmara de Vereadores. O transporte público tinha grande parte de sua atenção, sempre cobrava mais cuidado e mais respeito com os cidadãos.
Gostava de dizer: a gente denuncia os maus feitos, mas se tem alguma coisa a ser elogiada, a gente elogia.
Semanalmente, por quase doze anos, trazia suas notas, escritas a mão. Às vezes conversava um pouco, às vezes tinha compromissos e ia embora rapidinho. E tinha os seus amigos para quem gostava de levar um exemplar do jornal. A gente deixava os exemplares na banca e, de lá, ele visitava seus leitores. Pois é, leitores que nunca souberam que eram seus leitores. Mas eram sim, por mais de uma década, Lero Lero teve sua coluna neste jornal, sempre em defesa da comunidade.
Antigo funcionário público conhecia as diversas administrações públicas e gostava de uma em especial, a de Ramalho. Eram amigos e a casa de Ramalho fazia parte do seu itinerário de entregas da GAZETA.
Depois foi ficando cansado e acabou deixando as suas notas, mas nunca deixou o jornal. Sempre colaborou enviando fotos, notas, vídeos.
Aí, um belo dia, ele deixou tudo de uma só vez. Nos pegou de surpresa, nos entristeceu muito sua partida. Nunca vamos nos esquecer da sua colaboração em quase a metade da história da GAZETA DE ITAÚNA.
Queremos agradecer as inúmeras manifestações de pesar postadas no Instagram da GAZETA na notícia de seu falecimento. Lemos todos os comentários das pessoas lamentando sua morte, dizendo como ele era uma pessoa de bom coração, prestativo, educado e amigo. Ele também deve ter gostado muito de saber como era querido, de como fará falta para muita gente.
Pois é, Lero, me conforta saber que na noite do sábado anterior à sua partida, conversamos por tanto tempo. Foi uma despedida, mas me conforta ainda mais lembrar que alguns dias antes, eu expressei meu agradecimento a tudo que você fazia pela GAZETA. Pelo menos tive este tempo, consegui fazer você saber o quanto sou grata por tudo, por todos estes anos de parceria. Fique aí com Deus. Quem sabe quando nos reencontraremos?

Zenaide Gomes

Zenaide Gomes

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *