Acabar com as inundações tem que começar pelos morros que rodeiam a “Jove Soares”

Acabar com as inundações tem que começar pelos morros que rodeiam a “Jove Soares”

Todo mundo lembra das semanas durante as quais o trânsito da avenida Jove Soares, logo no seu começo, nos fundos do supermercado ABC, ficou interditado.
O então secretário de Infraestrutura era também o vice prefeito à época, Fernando Franco, que depois se desgostou dos rumos que a administração municipal tomava e foi deixando de participar.
Mas, voltando à avenida, Fernando Franco comandou ali uma obra para dar fim às enchentes. Depois de meses de estudos, de divulgação de muitas fotos de projetos sobre capôs de carro, com um monte de gente com cara de inteligente, de que dominava o assunto, teve início a obra para resolver o alagamento a cada chuva mais intensa.
Meses de trânsito interditado, muito quebra-quebra e a obra ficou pronta. Enfim, as enchentes da avenida Jove Soares teriam fim.
Só esqueceram de combinar o final feliz com as chuvas, com as enxurradas que caem vindas de todos os morros que de os lados acabam na avenida. As aberturas debaixo das placas de concreto continuaram como sempre foram, estreitas e sem a menor capacidade de dar vazão a uma chuva tímida, imaginem chuvas como as últimas.
Vi muita gente falando besteira, dizendo que tinha que descobrir a avenida. Sou do tempo que a avenida não tinha cobertura, o ribeirão corria lá no fundo e quando as chuvas chegavam inundava do mesmo jeito. Ali onde hoje funciona uma concessionária de veículos, era uma casa e vivia inundada, assim como outros imóveis próximos.
Na minha opinião, a avenida vai muito bem, obrigada. O que precisa ser feito é não permitir que tanta água desça para ela porque como qualquer funil a saída é estreita. Ainda, ainda na minha opinião, o que precisa ser feito é rasgar as sarjetas nos morros, colocando grandes bocas de lobo que vão descer por baixo da rua e cair direto dentro do ribeirão. As águas não terão que tentar passar pelos pequenos buracos que hoje existem debaixo das placas de concreto.
E, para finalizar, a limpeza do ribeirão em todo seu comprimento. Limpeza, retirada da lama acumulada, da areia. Tudo bem mais fundo, dando mais capacidade para o ribeirão receber toda a água que viria das bocas de lobo.
Seria uma obra cara, sem dúvida, mas nada que um pouco de economia na hora de asfaltar ruas já asfaltadas não permita que os recursos apareçam.

Redação

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