Morre o estilista francês Pierre Cardin, aos 98 anos.

Morre o estilista francês Pierre Cardin, aos 98 anos.

Morte foi confirmada pela família à Agência France Presse, mas causa não foi divulgada. Vanguardista, estilista foi um dos responsáveis pela retomada da alta costura na França pós-guerra.

“Eu fiz uma griffe. Griffe em francês quer dizer arranhão, mas eu não queria que fosse só um arranhão, que depois de 15 dias passa. Eu queria que fosse uma marca francesa que verdadeiramente ficasse. E minha marca foi para diversos produtos, como chocolate, hotel, água, sardinha”.

Biografia de Pierre Cardin

Nascido na Itália, em 2 de julho de 1922, e criado na França, Pierre Cardin revolucionou os costumes criando novos conceitos de vestir para mulheres e homens. Ao realizar, em 1959, o primeiro desfile de prêt-à-porter, mudou a história da moda. Transformou seu nome em uma marca registrada, a qual expandiu pelo mundo, em bolsas, relógios, perfumes, móveis, óculos, acessórios, entre outras criações.

Hoje os 800 fabricantes licenciados da marca Pierre Cardin e Maxim’s de Paris estão em cinco continentes, ocupam 800 fábricas e empregam cerca de 200 mil pessoas. Pierre Cardin é embaixador da UNESCO e o único estilista no mundo a fazer parte da Academia de Belas Artes francesa.

É dono de hotéis, restaurantes e espaços culturais. Recebeu alguns dos mais importantes prêmios e condecorações do mundo e foi homenageado com exposições pelos museus: Metropolitan Museum of Art, Nova York; Victoria and Albert Museum, Londres; Grand Palais, Paris; Espace Cardin, Paris; Galleria Carla Sozzani, Milão; Akademie der bildenden Künste, Viena; Sogetsu Kaikan, Tóquio. Aos 88 anos continua a dirigir a Maison Cardin e a selecionar a programação do Palais Bulles, Côte d’Azur; Château Lacoste, Provence; e Espace Cardin, Musée Pierre Cardin, Galerie Evolution e Maxim’s, em Paris. (Conheça a biografia e a trajetória de Pierre Cardin na Wikipedia.)

Conhecer Pierre Cardin é conhecer a história da moda.

Cardin relembra que começou com Christian Dior e que, naquela época, faziam desfiles de costureiros. Com o tempo ele mudou e passou a se interessar pelo cosmos, os cosmonautas e pela parte científica. “Eu gosto de ver a mulher na lua”, comenta o costureiro que também estudou a história do costume, visando conhecer o que já havia sido feito, sempre com o objetivo de fazer diferente.

Fonte: Isto É

“Minha vida inteira trabalhei na costura e nunca tive nenhum investidor. Muitos outros costureiros tiveram. Tudo que eu fiz foi por mim mesmo, meu trabalho foi desenvolvido por mim. Fui um costureiro que manteve sua maison sozinho, o que me deu muita liberdade, mas também muitas responsabilidades”.

Fabrício Franco

Fabrício Franco

Moda é se vestir de acordo com o que está em alta. Estilo é ser você mesmo. Abração e até a próxima!

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