Fura-fila da vacina contra a Covid-19 vai pagar indenização

Fura-fila da vacina contra a Covid-19 vai pagar indenização

A justificativa para a vacinação antes da data determinada pelo Ministério da Saúde era que o prefeito Neider era médico; depois foi dito que era para não haver desperdício de vacinas

A decisão pune os servidores da cidade de Passos, mas o prefeito de Itaúna, Neider Moreira foi denunciado pelo MP por se vacinar antes da sua vez e ação ainda corre na Justiça

Em algumas cidades servidores públicos não respeitaram a ordem estipulada pelo Ministério da Saúde para a vacinação contra a Covid-19. Mas, muitas ações correm na Justiça em Minas Gerais para que o esquema de fura-fila da vacina não fique impune.
Dos 31 servidores da Educação da cidade de Passos, que se vacinaram antes da sua vez,29 já assinaram acordo com o Ministério Público e vão pagar multa.
Os crimes atribuídos a estes servidores são de uso de documento falso/adulterado, falsificação de documento público e desobediência. Em junho, quando aconteceram os fatos, foi iniciada a vacinação para profissionais da educação, mas apenas para professores e funcionários que trabalhavam que atuavam nas salas de aula.
À época, estavam sendo vacinados prioritariamente os profissionais da Saúde e pessoas que pertenciam a outros pressupostos, a exemplo de comorbidades ou recorte etário. Não era a vez da Educação. Conforme as investigações, as pessoas teriam fraudado formulário para se imunizarem pela superintendência.
A multa para os servidores que assinaram o acordo vai de um salário mínimo eaté R$ 4 mil e R$ 8 mil.

Prefeito Neider Moreira foi denunciado como fura-fila
O prefeito Neider Moreira também é suspeito de furar a fila da vacinação da Covid-19 e foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais no ano passado. Neider recebeu duas vacinas no mês de março e à época, o assessor de Comunicação da Prefeitura de Itaúna, Hermano Martins, respondeu questionamento da GAZETA DE ITAÚNA afirmando que o prefeito havia tomado a vacina por ser médico, a prioridade do esquema vacinal na época.
Ainda questionado pelo fato de Neider Moreira não exercer a medicina, Hermano disse que Neider recebeu as doses para não haver desperdício, que o volume de vacinas que estavam à disposição era grande e que o prefeito não se vacinara trazendo prejuízo à imunização de nenhuma pessoa.
Mas o MP não aceitou a explicação e a denúncia foi feita.
A última movimentação do processo foi no dia 19 de agosto quando foi recebido o mandado de intimação, segundo o Cartório da 5ª Câmara Criminal.

Redação

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