Dá até medo de pensar

Dá até medo de pensar

Antigamente o reajuste anual no valor das tarifas do transporte coletivo aconteciam em dezembro. Era de praxe. Em um destes dezembros, durante um dos mandatos do ex-prefeito Eugênio Pinto, a GAZETA trouxe na manchete do reajuste que o Pinto tinha tirado o peru do natal dos itaunenses, pelo menos daqueles que dependiam dos coletivos de transportes.
Depois começaram negociações que faziam o povo acreditar que não haveria reajuste, mas um novo valor aparecia ainda no primeiro semestre do próximo ano. O último reajuste foi em 2021 quando passou para R$5,00. Em BH estão tentando emplacar o valor de R$ 6,00 este ano e a briga está feia.
Ano passado não foi anunciado nada de reajuste, mas é claro que ele virá e quando demora muito assim é porque estão estudando o melhor momento para o golpe no bolso do trabalhador.
Mas, o que preocupa mais, porque todos sabem que aumento tem que vir, porque não é possível as empresas arcarem com constantes reajustes de combustíveis, de peças de manutenção, dos reajustes parcos nos salários dos funcionários, é que ele pode vir alto demais para a população.
O vereador Gustavo Dornas falou há algumas semanas na Câmara que era possível que a empresa ViaSul estaria planejando receber recursos do Município para não aumentar muito o valor da tarifa e ter condições de melhorar o transporte, seja fazendo uma manutenção mais adequada nos veículos, seja voltando com muitos horários que, com o tempo, foram suprimidos. O certo é que a promessa em troca do possível subsídio seria melhorar a qualidade do transporte para o usuário. O assunto ainda não foi formalizado, ao que parece, porque não pode acontecer sem o aval dos vereadores e a gente sabe que eles vão aprovar.
Mas, é bom lembrar do subsidio dado às empresas em Belo Horizonte. Foram R$ 237,5 milhões em parcelas até março deste ano. E pelo que acompanhamos nos telejornais mineiros, o povo não sentiu nenhuma melhora, seja nos horários ou na manutenção dos veículos. E, depois que terminaram as parcelas da “ajuda” aprovada no ano passado, as empresas que atendem BH querem novamente subsídio para este ano e fazem as mesmas promessas.
É um serviço público sem o qual uma cidade literalmente não anda, mas as prefeituras não podem bancar. Imaginem os que estes R$ 237,5 milhões fariam na saúde pública, na educação na moradia.
Então é isto. Quando esta discussão chegar a Itaúna, se realmente chegar, é melhor que se discuta outros socorros que o município deveria dar a serviços púbicos na cidade. E a empresa tem que ser justa com seus valores, ser fiscalizada com rigor, oferecer qualidade no serviço, ou então que siga o caminho dela que a cidade contrata uma empresa emergencial até fazer nova licitação do serviço.

Redação

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