Investigação de possível reinfecção do Novo Coronavírus do enfermeiro termina inconclusiva

Investigação de possível reinfecção do Novo Coronavírus do enfermeiro termina inconclusiva

A morte do técnico em enfermagem Libério trouxe à discussão a possibilidade de reinfecção.

A investigação que estava sendo feita pela Secretaria Estadual de Saúde para a comprovação ou não da possibilidade de uma pessoa se contaminar duas vezes com o Novo Coronavírus no caso do técnico em enfermagem Libério Fonseca terminou.  E não se chegou a nenhum resultado porque segundo a SES faltou o material recolhido em laboratório da primeira vez que ele foi infectado.

Libério era de Itatiaiuçu e trabalhava no Hospital Manoel Gonçalves e na Fundação Frederico Ozanan. Ele tinha 22 anos quando faleceu vítima do vírus em julho. 

Mas a informação de que esta teria sido a segundo vez que o rapaz fora infectado, a primeira vez teria sido no mês de abril, levantou a discussão se seria possível a reinfecção.

O caso, o primeiro de Minas, foi investigado pelo Estado, que agora informa que para o resultado desta investigação seria necessária a primeira amostra coletada, mas esta foi descartada pelo laboratório que fez o teste. “A reinfecção só poderá ser comprovada no caso de a pessoa possuir o primeiro e segundo exames de PCR que, no caso mencionado, não foi possível pelo fato do laboratório não disponibilizar o resultado do exame. As duas amostras são imprescindíveis para fazer o sequenciamento genético e avaliar se o vírus da primeira infecção é diferente do da segunda infecção (neste caso serão observadas mutações genéticas que diferenciarão ou não os vírus)”.

“Minas Gerais está acompanhando as pesquisas e conclusões sobre o novo coronavírus em todo o mundo. Em agosto, pesquisadores de Hong Kong confirmaram a primeira reinfecção no mundo pelo novo coronavírus. A partir disso, estamos atentos a qualquer suspeita e pedimos a atenção dos municípios para que casos suspeitos sejam testados e notificados “, ressalta o secretário de Estado de Saúde (SES-MG), Carlos Eduardo Amaral.

O primeiro caso de reinfecção foi confirmado por pesquisadores chineses e se refere a um homem saudável com o segundo caso de covid-19 diagnosticado 4 meses e meio depois do primeiro. O sequenciamento do genoma mostrou que as duas cepas do vírus são diferentes, o que comprova a reinfecção.

Casos suspeitos

“De acordo com dados atuais, a maioria das pessoas que teve a infecção pelo novo coronavírus fica imune por um período de até três meses. Por esse motivo, casos com ressurgimento de sintomas em menos de 90 dias após confirmação da doença, devem ter outras infecções descartadas”, explica a infectologista da SES-MG, Tânia Marcial

Até que novas evidências científicas sejam comprovadas, serão adotadas algumas medidas, como o isolamento social do paciente em caso de RT-PCR positivo e encaminhamento das duas amostras à Funed para que seja feita investigação que verifica a presença de mutações.

A infectologista esclarece que, quando um paciente faz o teste para o coronavírus, as amostras são guardadas pelos laboratórios. Em caso de suspeita de reinfecção, esse material, recolhido na primeira e na segunda manifestação, deverá ser enviado à Funed para análise.

Redação

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