Empresário mata esposa, filho, mãe e a sogra dentro de casa em Porto Alegre

Empresário mata esposa, filho, mãe e a sogra dentro de casa em Porto Alegre

Foto: reprodução

Por Carla Emanuele 

As vítimas da chacina familiar ocorrida na manhã desta quarta-feira em um sobrado de três andares no bairro Santa Tereza, em Porto Alegre, podem ter sido dopadas, pois não houve reação delas antes de serem executadas a tiros nas camas. O crime ocorreu em um condomínio residencial de luxo na rua Dona Maria. De acordo com o titular da 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (4ª DPHPP), delegado Rodrigo Pohlmann Garcia, a possibilidade ainda precisa ser confirmada com exames do Instituto-Geral de Perícias (IGP), que recolheu medicamentos no imóvel, inclusive antidepressivos.

O autor dos disparos foi um empresário, de 44 anos, que se matou depois de atirar na esposa, de 45 anos, no filho de 14 anos, na mãe de 79 anos e na sogra de 81 anos. Uma outra pessoa, que seria empregada, escapou por estar no primeiro pavimento, enquanto as vítimas estavam no andar superior.

“Duas pessoas estavam mesmo quarto: a sogra e a mãe. Uma delas recebeu o primeiro disparo. A sogra teria, em tese, se acordado e aparentemente foi se defender… Ela tem uma lesão na mão”, relatou Garcia, considerando a única exceção em relação à falta de reação das vítimas.

Depoimentos 

O trabalho investigativo da 4ª DPHPP incluirá o depoimento da pessoa que escapou de ser morta pode ter visto algo, além de parentes, amigos e vizinhos das vítimas, entre outras diligências, visando chegar até a motivação do crime. “Estamos acompanhando a perícia do IGP”, complementou o delegado Garcia. “Duas espingardas calibres 12 podem ter sido utilizadas no crime em princípio”, adiantou.

“Na apuração preliminar, a gente verificou que teria ocorrido uma outra motivação que não a questão do convívio familiar. A princípio, não está relacionada à violência doméstica ou familiar”, afirmou por sua vez o diretor da Divisão de Homicídios do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Eibert Moreira Neto. Uma das hipóteses a ser investigada é a situação financeira do empresário, que era dono de uma distribuidora de alimentos em Canoas e tinha dívida de milhões.

Já o comandante do 1º BPM, tenente-coronel Eduardo Michel, confirmou que as duas espingardas calibres 12 foram apreendidas no local. As armas foram encaminhadas ao Instituto-Geral de Perícias (IGP).

“Cada vítima estava em seus cômodos. Estavam deitadas nas camas”, observou o tenente-coronel Eduardo Michel. Os vizinhos, frisou o comandante do 1º BPM, declararam que o empresário era “uma pessoa tranquila”. Um primo da esposa do autor do crime, de 63 anos, esteve no local. “Foi uma surpresa”, lamentou.

Publicado por Correio do Povo

Redação

Redação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *