Coronavírus: São Paulo já detectou três casos de subvariante BA.2 da Ômicron

Coronavírus: São Paulo já detectou três casos de subvariante BA.2 da Ômicron

Foto: Reprodução

A cidade de São Paulo registrou o terceiro caso da sub-linhagem BA.2 da variante Ômicron do coronavírus. Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, o paciente é um homem de 45 anos já vacinado com três doses da vacina contra a Covid-19 e que apresentou apenas sintomas leves.

Ainda não existem evidências sobre a BA.2 que demonstrem mudanças na transmissibilidade, quadro clínico, gravidade ou resposta aos imunizantes. Vale pontuar, porém, que a Ômicron é por si só mais transmissível e consegue escapar da proteção imunológica oferecida pelas vacinas existentes. A CoronaVac, por exemplo, precisará ser atualizada para combater a variante.

Além disso, um estudo do Instituto Estatal Serum da Dinamarca indica que a subvariante BA.2 pode ser “significativamente” mais transmissível do que a Ômicron original. Ela também parece infectar com mais facilidade indivíduos vacinados e com doses de reforço, segundo a pesquisa.

A variante Ômicron do coronavírus já tem um novo subtipo em circulação. A linhagem BA.2 está se espalhando rapidamente ao redor do mundo e chamou a atenção da Organização Mundial de Saúde (OMS), que emitiu alerta e pediu prioridade nas investigações sobre essa versão atualizada da cepa.

A Ômicron tem preocupado cientistas e autoridades sanitárias por apresentar risco de reinfecção 5,4 vezes maior e se multiplicar 70 vezes mais rápido em vias áereas. Além disso, a variante é capaz de escapar da proteção imunológica fornecida pelas vacinas já existentes e consegue sobreviver por mais tempo em superfícies.

A subvariante BA.2 possui uma série de alterações genéticas em relação à BA.1, inclusive na proteína spike, que é usada pelo vírus para infectar as células humanas. Essas alterações a tornam perigosa, já que a maior parte das vacinas atuais têm a proteína spike como foco.

Por conta de suas alterações genéticas, a subvariante tem sido chamada de “ômicron furtiva”, por ser mais difícil de identificar. A BA.1 (original) possui uma mutação que a torna visível nos testes PCR, mas a BA.2 não. Com isso, é necessário um sequenciamento genético para a detecção da nova versão da cepa.

Os testes de diagnóstico, porém, continuam sendo eficazes: a BA.2 pode ser identificada normalmente. A mutação dificulta apenas o mapeamento da prevalência da cepa.

Na Dinamarca, 65% das novas infecções pelo coronavírus já são da versão BA.2 da Ômicron. De acordo com as autoridades de saúde dinamarquesas, análises iniciais não demonstraram um aumento no número de hospitalizações pela BA.2 em comparação com a BA.1. Ao que tudo indica, a sublinhagem não é mais ou menos agressiva que a Ômicron original.

Pesquisadores irão testar a eficácia dos anticorpos induzidos pelas vacinas contra a BA.2. Ainda não há resultados divulgados, mas é esperado que os imunizantes tenham um efeito positivo contra formas graves da doença causada pela subvariante.

Publicado por tudocelular.com

Redação

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