Preso ‘Rei do Cobre’, suspeito de vender fios roubados para siderúrgica em Itaúna

Preso ‘Rei do Cobre’, suspeito de vender fios roubados para siderúrgica em Itaúna

Polícia prende ‘Rei do Cobre’ e desmonta esquema criminoso em Betim (Foto: Reprodução)

Em uma das imagens, ele exibe um corte com as letras “RC”, de “Rei do Cobre”, no cabelo

Por GABRIEL RODRIGUESA Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, nessa terça-feira (30), um homem conhecido como “Rei do Cobre”, que comercializava fios roubados há pelo menos seis anos. A investigação, em conjunto com a Guarda Municipal de Betim, começou após o roubo de cerca de 300 kg de fios de cobre da Unidade Básica de Saúde (UBS) Dom Bosco, em Betim, que resultou na perda de vacinas contra Covid-19 em outubro deste ano.

O homem, de 40 anos, foi preso em flagrante com 260 kg de cobre sem procedência, no ferro-velho que gerenciava na cidade. A polícia chegou ao suspeito a partir de denúncia anônima à Guarda Municipal. “Esse crime, além de trazer prejuízo financeiro, traz um prejuízo à sociedade, como no caso do posto de saúde, e também no roubo de fios de semáforo, trazendo transtorno no trânsito”, pontuou o delegado responsável pelas investigações, Roberto Veran Braga, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (2).

A quebra de sigilo bancário do homem revelou que ele movimentava de R$ 300 mil a R$ 400 mil por mês. Nas redes sociais, ele ostentava uma vida de luxos e postava fotos de pilhas de notas de dinheiro e em seu jet-ski. Em uma das imagens, ele exibe um corte com as letras “RC”, de “Rei do Cobre”, no cabelo.

Por ora, ele pode responder pelo crime de evitação qualificada e permanecer recluso por três a oito anos. Ele tem passagem pela polícia pelos crimes de embriaguez no trânsito e lesão corporal. 

O motorista do homem, que estava com ele no momento do flagrante, foi detido, mas liberado após testemunhar à policia. 

De acordo com a linha de investigação policial, o “Rei do Cobre” não comandaria os roubos, mas seria um dos principais contatos de compra de cobre roubado conhecido pelos criminosos. 

Por ora, ele pode responder pelo crime de evitação qualificada e permanecer recluso por três a oito anos. Ele tem passagem pela polícia pelos crimes de embriaguez no trânsito e lesão corporal.

Esquema lucrativo

Pelo menos uma dezena de outras pessoas estão sendo investigadas pela Polícia Civil, suspeitas de estarem relacionadas ao roubo e à venda de fios de cobre em Betim e região. Dada a sofisticação dos crimes, que envolve cortes precisos e transporte de quilos de fios, a polícia descarta que os principais autores sejam usuários de drogas em busca de dinheiro rápido, como se suspeitava no início.

“Isso virou um negócio rentável. Não há mais aquela premissa de que eram toxicômanos que praticavam esse crime”, ponderou o delegado da Polícia Civil Roberto Veran Braga.

A suspeita inicial dos investigadores é que o cobre era queimado para disfarçar sua origem e, depois, vendido a empresas siderúrgicas em Belo Horizonte, Santa Luzia e Itaúna. As investigações seguem em curso para identificar autores dos furtos e outros receptadores.

Publicado por O Tempo

Redação

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