Grupo Saritur: 108 CNPJs diferentes para participar de licitações

Grupo Saritur: 108 CNPJs diferentes para participar de licitações

Foto: Polícia Federal

A família Lessa que foi alvo na manhã desta terça-feira da Operação Ponto Final da Polícia Federal e Receita Federal tem dezenas de CNPJs para continuar participando de licitações que não poderia por causa das pendências de impostos e direitos trabalhistas de seus funcionários.

Em Itaúna já foi a empresa já se chamou Morro Alto, Saritur, Turilessa, Autorans e agora Viasul.

Segundo uma reportagem do G1 “dados obtidos através da Receita Federal mostram que os empresários Robson José Lessa Carvalho, Roberto Lessa Carvalho, Rubens Lessa Carvalho e Romulo Lessa Carvalho constam como sócios das empresas Autotrans Transportes Urbanos e Rodoviários LTDA, Turilessa LTDA, Viação Jardins S.A, Saritur, Expresso Nossa Senhora da Saúde, S&M Transportes S.A, Sagrada Família Ônibus SA, Praia Auto Ônibus LTDA, Companhia Atual de Transportes, José Carvalho Participações S.A, Viação Cidade Fabriciano LTDA, Transnorte S.A e Viasul.

No outro lado da família, estão Bruna Perez Lessa Carvalho, Leonardo Rabelo Lessa Carvalho, Raphael Rabelo Lessa Carvalho e Victor Perez Lessa Carvalho, que constam como sócios da Companhia Coordenadas de Transportes LTDA e da São Cristóvão Transportes LTDA.”

A operação Ponto Final investiga fraudes contra a Previdência Social e a ordem tributária que pode passar de R$ 735 milhões. As empresas têm ainda R$ 113 milhões em dívidas ativas, como IPVA, IPTU, multas, tributos e repasses previdenciários.

Como em Itaúna, nas cidades que são atendidas pelos serviços de transportes públicos destas empresas, são constantes as reclamações de usuários quando à qualidade da prestação de serviços, sujeira dos veículos, carros com problemas mecânicos e nos próprios veículos. É fato também que as empresas da família Lessa demitiram os trocadores que cobravam as passagens levando jornada dupla aos motoristas que, além de dirigir, têm também que receber o valor das passagens e dar troco, quando preciso. As reclamações sobre o cansaço dos motoristas foram inúmeras nas cidades onde a concessionária atende e, em Itaúna, o então vereador Marcinho Hakuna, fez aprovar lei que garantia a presença do cobrador. A lei nunca foi reconhecida pela empresa.

Em BH no ano passado as empresas de transportes receberam subsídios de 237,5 milhões foi pago pela prefeitura de Belo Horizonte para não aumentarem o valor da passagem. Já em março, quando terminaram os repasses as empresas, incluindo as da família Lessa, voltaram a pressionar para mais recursos da prefeitura, desta vez de R$ 740 milhões. Depois desta operação, este repasse com votação marcada para a próxima semana pela Câmara Municipal de Belo Horizonte, pode não acontecer.

Subsídio em Itaúna

Há algumas semanas surgiu a notícia de que a Viasul, uma das empresas dos Lessa, teria pedido à Prefeitura de Itaúna um subsídio para não reajustar as passagens em 2023.

Em consulta à Secretaria Legislativa da Câmara Municipal de Itaúna a GAZETA foi informada que até esta data não há qualquer projeto neste sentido.

Vídeo: Receita Federal
Redação

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