Anvisa proíbe fabricação de sete produtos para cabelos

Segundo a agência, os produtos não estavam cumprindo normas sanitárias previstas

A Anvisa recomenda que quem tiver em sua residência os produtos fabricados especificamente pela Microfarma Indústria e Comércio Ltda, CNPJ 68.722.743/0001-09, entre em contato com a empresa para verificar a forma de devolução, uma vez que o fabricante deverá recolher todos os produtos disponibilizados no mercado.

Por Redação, com ABr – de Brasília

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou a regularização que autorizava a fabricação de sete pomadas modeladoras para cabelos. Segundo a agência, os produtos não estavam cumprindo normas sanitárias previstas.

A medida consta da Resolução nº138, publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira.  

Em nota, a Anvisa informou que alguns dos produtos já foram objeto de medidas restritivas no âmbito da comercialização e do uso, e que, com a atual resolução, fica proibida também a sua fabricação.

Lista dos produtos

Estão proibidos de serem fabricados os seguintes produtos:

Pomada Modeladora para Tranças Anti-frizz Be Black (da empresa Cosmetic Group Indústria e Comércio de Cosméticos Eireli);

Pomada Black – Essenza Hair, e Pomada Modeladora para Tranças Boxbraids – fixa liss (ambas da Evolução Indústria de Cosméticos);

Pomada Braids Hair (da Galore Indústria e Comércio de Cosmético Eireli);

Pomada Cassu Braids Cassulinha Cabelos e Pomada Braids Tranças Poderosas Esponja Magic, (ambas da Microfarma Indústria e Comércio);

Rosa Hair Pomada Modeladora Mega Fixação 150g, (da Morandini Indústria e Comércio de Cosméticos);

Pomada Modeladora Master Fix Black Ser Mulher, (da Supernova Indústria, Comércio e Serviços).

Recomendações

A Anvisa recomenda que quem tiver em sua residência os produtos fabricados especificamente pela Microfarma Indústria e Comércio Ltda, CNPJ 68.722.743/0001-09, entre em contato com a empresa para verificar a forma de devolução, uma vez que o fabricante deverá recolher todos os produtos disponibilizados no mercado.

Ainda segundo a Anvisa, os estabelecimentos que tenham o produto para uso de seus clientes devem suspender sua utilização “imediatamente”.

Com relação aos produtos de outras empresas, a Anvisa informou que ainda está “avaliando as ações sanitárias necessárias”, e que seguirá acompanhando “todos os fatos relatados relacionados às pomadas capilares” com a ajuda dos órgãos de vigilância sanitária dos estados e municípios.

“A partir dos resultados das investigações, as medidas sanitárias cabíveis serão tomadas com a maior celeridade possível”, complementou.

No início do mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária divulgou um alerta com relação à pomada Cassu Braids, após relatos de que o produto estaria causando danos aos olhos (irritação ocular, pálpebras inchadas, dor nos olhos e dificuldades para enxergar o cabelo) de usuários no Rio de Janeiro.

Pomadas capilares são recolhidas no Rio

Após diversos consumidores do Rio de Janeiro sofrerem lesões nos olhos com pomadas modeladoras de cabelo, produtos de diferentes marcas foram recolhidos no último dia 12 de estabelecimentos localizados em Bangu e Campo Grande, bairros da zona oeste da capital fluminense. Os lojistas foram autuados por comercializar cosméticos sem registro e, caso voltem a vendê-los, podem até ter a licença de funcionamento suspensa.

A ação foi coordenada pelo Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa). As infrações foram constatadas em seis dos 16 estabelecimentos fiscalizados.

Desde o dia 5 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia proibido a comercialização e produção da pomada Cassu Braids, fabricada pela empresa MicroFarma Indústria e Comércio. A medida foi tomada após mais de 150 consumidores procurarem unidades de saúde e relatarem sintomas diversos como irritação ocular, pálpebras inchadas, dor nos olhos e dificuldade para enxergar ao lavarem o cabelo depois de aplicação do produto.

Na semana passada, agentes do estado do Rio de Janeiro já haviam realizado uma operação com foco no recolhimento da pomada Cassu Braids e outros cosméticos produzidos pela MicroFarma. De acordo com a Anvisa, a licença sanitária da empresa foi cancelada em 2016 e ela não estava devidamente regularizada para fabricar produtos desse tipo.

Na operação realizada hoje, segundo informou a Ivisa, não foram encontradas pomadas Cassu Braids. Os agentes apreenderam pomadas e outros produtos para penteados e tranças de sete marcas consideradas irregulares: EWA, Twister, Master Hair, King Braids, Trança Amiga, Barba Negra e KG Cosméticos. Ao todo, foram recolhidos 101 produtos. Os lojistas autuados deverão apresentar em até sete dias a nota fiscal das mercadorias, para a devida identificação dos distribuidores.

Antes de comprar qualquer cosmético

Dermatologistas orientam que, antes de comprar qualquer cosmético, os consumidores procurem o registro da Anvisa na embalagem e verifiquem o prazo de validade. Também é possível consultar pela Internet se um produto está regularizado ou se uma empresa possui licença sanitária ativa. Além disso, é sempre importante observar as instruções de uso descritas na embalagem.

Por meio de nota, a Ivisa orienta que, diante da suspeita de irregularidade com algum produto adquirido, seja feita denúncia à prefeitura por meio da Central 1746. “Em casos de efeitos adversos em decorrência do uso desses produtos, a recomendação é procurar uma unidade de saúde, levando o frasco, para que sejam feitas as devidas notificações aos órgãos responsáveis para investigação”, acrescenta.

Publicado por Correio do Brasil

Redação

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