Aí eles, os bolsonaristas, foram lá e fizeram o mesmo

Está todo mundo muito estranho. Não dá para acreditar mais na inteligência, no discernimento das pessoas. As eleições para a presidência da República já terminaram, o presidente eleito e seu vice já foram diplomados. As acusações de fraudes não foram provadas por ninguém, nenhum órgão, nenhuma pessoa, nenhum país, ninguém. Bolsonaro depois de ficar amuado por 40 dias já está de casa nova, deixou o Palácio da Alvorada no dia 15. Mas, ainda assim os bolsonaristas não arredam o pé das portas dos quarteis e de acampamentos em algumas rodovias. Nasceu até um bebê, que foi chamado João, em um acampamento bolsonarista, mas o povo não arreda o pé. A continuar deste jeito o primeiro aniversário do Joãozinho será no acampamento. O filho de número 2, Carlos Bolsonaro, vereador que tem gabinete em Brasília, ainda não sabemos o porquê, já reconheceu em rede social que o pai não foi eleito, mas o povo continua, não arreda o pé.
Claro, não é nenhuma felicidade ter um presidente que foi investigado por corrupção e que ainda não provou inocência, mas fazer o quê? A lei permitiu que ele se candidatasse e mais, o povo não quis de jeito nenhum a reeleição de Bolsonaro. E sem fraudes, isto é o mais importante. Foi a vontade do povo, da maioria do povo.
Mas o que é muito engraçado é ver comentários em matérias postadas sobre o que acontece desde a declaração do vencedor das eleições. Desde a campanha de 2018 quem não é bolsonarista é chamado de vagabundo, de baderneiro, de gente que espalha destruição nas manifestações, de gente que quebra, que invade, que incendeia.
Aí, eles, os bolsonaristas, foram lá e fizeram igual.
No dia da diplomação do presidente eleito, Lula, os bolsonaristas que estavam em Brasília ficaram violentos com a notícia da prisão do cacique Serere Xavante, já preso uma vez por tráfico de drogas, e fizeram exatamente aquilo que diziam ser o “modus operandi” da esquerda. Quebraram, puseram fogo em carros e ônibus, tentaram invadir a sede da Polícia Federal. Hoje o cacique era financiado por um grande fazendeiro que já presta contas à justiça.
Então, se a notícia da baderna em Brasília é publicada, a resposta de muitos bolsonaristas é que não passa de uma mentira. Mas, não são os fatos que não existiram, não! Eles afirmam que toda a baderna foi feita pela esquerda.
Só pode ser de vergonha fazerem tal afirmação. Vergonha de acusar a esquerda de fazer quebra-quebra nas manifestações, de agir como gente perigosa e agora fazer aquilo que repudiavam.
Preguiça. De novo.