Adolescente atingido por cinco tiros em abordagem policial teve uma perna amputada

Adolescente atingido por cinco tiros em abordagem policial teve uma perna amputada

A ocorrência policial na tarde do dia 10 de março, um domingo, quando segundo a PM, ela recebeu denúncia do furto de um veículo Audi A4 segue sendo investigada pela Polícia Civil. O carro, apesar da denúncia de furto, pertence à empresa onde um dos adolescente trabalha.

No dia da ocorrência a PM encontrou o veículo no bairro Morada Nova ocupado por quatro adolescentes, dois de 16 e 15 anos, primos, e duas de 17 e 16 anos.  

Ainda segundo a PM, eles resistiram à abordagem tentando passar por cima dos militares para fugir. Neste momento foram dados cinco tiros no carro “para cessar injusta agressão”, segundo a PM. Os adolescentes negam que tenham tentado atropelar os militares. Eles disseram que os militares chegaram atirando, um deles teria colocado o rosto na janela do carro e atirado no adolescente de 15 anos. Os adolescentes afirmam que, por isso, por causa dos ferimentos causados pelos disparos de arma de fogo, eles se desesperaram e saíram da abordagem direto para o Hospital Manoel Gonçalves onde foram encontrados.

O menor levou cinco tiros: dois na perna esquerda, um na perna direita, um no olho, um no braço.

Na ocorrência distribuída à imprensa não foi mencionado que alguém havia se ferido, mas depois a informação dos graves ferimentos sofridos pelo menor de 15 anos foi se espalhando.

A GAZETA DE ITAUNA vem acompanhando o caso. No mesmo dia o garoto foi transferido para o hospital João XXIII, em Belo Horizonte, onde passou no por duas cirurgias.

Naquele dia, o menor perdeu uma visão e vai usar uma prótese. A perna atingida também foi operada e esperava-se uma franca recuperação.

No entanto, na manhã desta quarta-feira, 20, o jornal recebeu a informação de que foi preciso amputar uma das pernas.  

A família está fazendo uma vaquinha online para conseguir comprar as próteses.

O projétil que atingiu o olho do garoto continua no lugar, não pode ser retirado.

A família disse que estão passando por um momento muito difícil. “Queremos justiça e que o nome dele não fique como se fosse um bandido. A mãe está sofrendo demais por isso também”.

Não conseguimos a informação se o militar envolvido foi afastado das ruas.

Redação

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