Projeto de Lei quer proteger mineiros de cobranças automáticas após período gratuito em serviços digitais

Projeto de Lei quer proteger mineiros de cobranças automáticas após período gratuito em serviços digitais

Deputada Lohanna – divulgação

A deputada Lohanna (PV), protocolou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) o Projeto de Lei (PL) nº 3.927/2025, que pretende reforçar a proteção dos consumidores mineiros nas contratações de serviços digitais que oferecem período gratuito de uso, como plataformas de streaming, aplicativos de produtividade e softwares diversos. O texto é assinado também pela deputada Carol Caram (Avante).

O texto estabelece uma série de obrigações aos fornecedores desses serviços, com foco na transparência das informações e no consentimento expresso para a continuidade da contratação após o fim da gratuidade.

A proposta proíbe cobranças automáticas sem manifestação clara do consumidor e prevê punições para quem descumprir a nova norma.
De acordo com o PL, empresas que ofertarem teste gratuito de serviços digitais deverão informar, de forma clara e em português, a duração do período sem custo e os valores que serão cobrados posteriormente, caso o consumidor opte por continuar utilizando o serviço.

Além disso, a cobrança só poderá ocorrer com autorização expressa e inequívoca do consumidor, prestada ao final do período de gratuidade. O projeto veda a renovação automática e considera inexistente qualquer consentimento tácito, ou seja, aquele que não pode ser comprovado por um meio seguro.

A deputada Lohanna reforçou também a exigência de que as plataformas digitais disponibilizem canais de atendimento em língua portuguesa, com procedimentos simplificados para cancelamento de serviços e contestação de cobranças. “A proposta busca proteger o consumidor contra armadilhas contratuais e garantir a possibilidade de atendimento, cancelamento e contestação de cobranças. Ao exigir um canal de atendimento em português e representação legal no Brasil, queremos assegurar o acesso real à justiça e à defesa dos direitos do consumidor, mesmo em relações contratuais com empresas estrangeiras”, explicou.

O projeto ainda será analisado pelas comissões temáticas da ALMG antes de ser votado em plenário.

Redação

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